As últimas décadas trouxeram grandes avanços na medicina veterinária de animais de companhia e foi possível acompanhar como as especializações se ampliaram e fortaleceram. 

O universo dos animais de companhia vem se expandindo e hoje os cães e gatos não são mais os únicos que têm espaço nas famílias multiespécies. O profissional que atua na clínica veterinária depara atualmente com demandas de tutores buscando atendimento de pacientes das mais variadas espécies, como coelhos e demais roedores, psitacídeos, cobras, entre tantos outros.

A evolução da medicina veterinária nas diversas especialidades abrange essas espécies que há algumas décadas não eram normalmente consideradas companheiras do ser humano.

A legalização da criação de animais silvestres e exóticos para abastecer o desejo de tutores por esses animais tornou possível desenvolver as áreas de nutrição, diagnóstico e tratamento. Os estudos em oncologia, ortopedia, dermatologia, parâmetros clínicos, nutricionais, reprodutivos, enfim, em todas as demais áreas têm se desenvolvido intensamente.

São muitos os colegas com interesse de ampliar seus conhecimentos a respeito de outros mamíferos, aves e répteis, a fim de poder oferecer serviços de qualidade para esse aumento da demanda. Assim, a grade curricular dos cursos de medicina veterinária precisa oferecer também esses conhecimentos na formação profissional.

Aceitar espécies silvestres e exóticas como animais de companhia é algo que vem gerando pesquisas, discussões e preocupações, além de posições de apoio ou de repúdio por parte daqueles que estão mais profundamente envolvidos com a questão.

Nesta edição, convidamos alguns profissionais que atuam nas diversas frentes para que tragam suas experiências, convicções e argumentos, ampliando a análise de algumas dessas questões, objetivando contribuir para o desenvolvimento da medicina veterinária e dos serviços que possam ser prestados aos tutores, aos animais, à natureza.