A fisioterapia é uma especialidade da medicina veterinária que tem ganhado avanço significativo com o surgimento de mais estabelecimentos que oferecem esse serviço, sejam eles de dedicação exclusiva ou setores de clínicas ou hospitais veterinários. Atualmente, devido ao maior cuidado das pessoas com a saúde dos seus animais de estimação, a fiositerapia vem contribuindo cada vez mais para a qualidade de vida dos animais idosos – sobretudo de raças grandes com enfermidades musculoesqueléticas –, auxiliando na recuperação mais rápida de cirurgias ortopédicas e na recuperação de lesões, além de curar as feridas de forma mais rápida.

Apresentamos neste artigo algumas inspirações de ambientes de fisioterapia para melhor visualização das orientações na prática.

Parte da recepção de um centro de especialidades veterinárias. Notar televisor (seta laranja), móvel com café e água (seta vermelha), sofá com encosto e assento em tecido impermeável (seta preta) e comunicação visual marcante (seta azul). Créditos: Renato Couto Moraes

Os tratamentos de fisioterapia passam pela orientação de um médico-veterinário do estabelecimento especializado. Com isso, é importante que esse local apresente um ambiente adequado às técnicas que oferta aos colegas do segmento, cujas exigências costumam ser mais rigorosas do que as do tutor comum. Contudo, a decisão de deixar um animal em uma terapia de médio a longo prazo em um estabelecimento especializado em grande parte das vezes é do tutor. Assim, os responsáveis pelo estabelecimento de saúde animal devem se preocupar tanto com os ambientes restritos ao público como com os de amplo acesso, não bastando que apresentem uma recepção agradável e bem decorada.

Existem diversas técnicas fisioterápicas e de reabilitação, tais como: massoterapia; fototerapia; termoterapia; laserterapia; eletroterapia; magnetoterapia; hidroterapia; cinesioterapia; ultrassom; e infrassom.

Recepção do setor de fisioterapia de um centro de especialidades veterinárias. Notar visor para visualização dos trabalhos pelo tutor (seta laranja), tomada para carregamento de celular (seta vermelha), sofá em tecido impermeável (seta amarela) e comunicação visual (seta azul). Créditos: Renato Couto Moraes

Dessa forma, a escolha das técnicas ofertadas nos estabelecimentos veterinários determina os equipamentos que serão utilizados e, consequentemente, a configuração dos ambientes a partir da intenção de oferecer um atendimento de qualidade e da aprovação do espaço pelos profissionais envolvidos e também pelos fabricantes – como, por exemplo, quando se emprega uma esteira aquática.

Recepção do setor de fisioterapia de uma clínica veterinária. Notar aberturas em vidros dos ambientes veterinários (setas azuis), banco de jardim para tutores (seta amarela), iluminação com arandelas (setas vermelhas) e vegetação em vaso (seta preta). Créditos: Renato Couto Moraes

Quando se trata de uma clínica ou de um hospital veterinário, a posição estratégica do setor de fisioterapia é fundamental. Infelizmente, é comum encontrar esse setor nos ambientes dos fundos, como uma edícula. Salvo quando esse espaço dispõe de um acesso agradável e de uma boa visibilidade, com espera dentro do setor ou perto dele, essa colocação nos fundos desvaloriza o serviço. Recomenda-se sempre colocar nos espaços dos fundos os serviços de apoio ou de acesso restrito aos tutores.

É uma novidade para a maioria dos tutores que exista esse tipo de trabalho em saúde animal, e também os equipamentos utilizados. Dentro desse contexto, a esteira aquática (ou hidroesteira) é um dos equipamentos que mais chama a atenção, além do fato de a hidroterapia ser uma boa técnica para muitos casos e, portanto, bastante empregada. O espaço destinado a uma esteira aquática deve conter: ponto de água fria para abastecer o equipamento; ponto de esgoto para permitir a troca da água do tanque; e ponto de energia elétrica coerente com a potência do equipamento com disjuntor individual – que requer um circuito independente.