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Ensino presencial em medicina veterinária será pauta no CNE após acordo com MEC

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

13 de set de 2025

Marina Castro, Simone Perecmanis, Vanessa Negrini, Marcus David, Marcos Vinícius Neves, Ingrid Atayde e Leonardo Nápoli. Créditos: VP Photo Studio Marina Castro, Simone Perecmanis, Vanessa Negrini, Marcus David, Marcos Vinícius Neves, Ingrid Atayde e Leonardo Nápoli. Créditos: VP Photo Studio

Em nova reunião com o Ministério da Educação (MEC), realizada em 29 de agosto de 2025, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) reforçou a defesa pela manutenção do curso de medicina veterinária 100% presencial. O encontro, que integra uma série de diálogos permanentes com a Secretaria de Educação Superior (Sesup), ocorre após a publicação, em maio deste ano, do decreto que autoriza a oferta da graduação no formato semipresencial. Além do MEC e do CFMV, o debate também tem contado com a participação de ministérios parceiros, como o do Meio Ambiente, que se somam à luta pela qualidade da formação profissional.

Na ocasião, o secretário de Educação Superior do MEC, Marcus Vinicius David, anunciou a construção de uma estratégia conjunta com o Conselho Nacional de Educação (CNE) para revisão das diretrizes curriculares da medicina veterinária. A proposta também prevê o reconhecimento do curso como pertencente às áreas de saúde e agrárias, medida que deve ampliar a atuação da profissão e facilitar processos junto aos ministérios da Saúde e da Educação.

“A minha proposta é trabalhar em conjunto com o Conselho Nacional de Educação para revisão das diretrizes curriculares, além da inserção da medicina veterinária como área de saúde e agrárias, ampliando a atuação e, inclusive, facilitando processos no Ministério da Saúde, e também na Educação como pós-graduação e ensino trazendo benefícios para a formação dos profissionais”, afirmou Marcus Vinicius David.

O CFMV, por sua vez, destacou que a formação profissional exige práticas intensivas, impossíveis de serem substituídas pelo ensino remoto. “A nossa proposta é apresentar diversos aspectos da formação profissional que são incompatíveis com o ensino semipresencial. Acreditamos que esse diálogo vai caminhar para alteração de regras do decreto. Estamos certos de que há sensibilidade do governo em relação a esta pauta e que há entendimento sobre o tratamento diferenciado ao ensino na área da saúde, sendo necessário o ensino presencial”, afirmou o tesoureiro do Conselho, Marcos Vinícius Neves.

A vice-presidente do CRMV-DF, Simone Perecmanis, lembrou que o formato presencial é essencial para que as regras atuais das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) sejam aplicáveis. “Usamos como exemplificação a última regra de DCN que nos coloca não só o percentual da extensão, mas também o de estágio. As duas situações se tornam inaplicáveis caso não mantenhamos a presencialidade da nossa formação como pauta principal das atividades”.

O debate também contou com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, aliado estratégico nessa discussão, já que a atuação do médico-veterinário é fundamental para a proteção da fauna doméstica e silvestre e para a prevenção de zoonoses que impactam diretamente a saúde humana. A pasta reforçou que enfraquecer a formação presencial compromete não apenas a qualidade do ensino, mas também a biodiversidade e o equilíbrio entre saúde animal, humana e ambiental.

A diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do MMA, Vanessa Negrini, reforçou: “A preocupação é com a fauna doméstica e silvestre por causa da formação desses novos profissionais. Também preocupa a repercussão da saúde deles na saúde humana. Não é possível conceber a ideia de um médico-veterinário que não seja formado por meio da prática presencial. Estamos tratando de vidas”, enfatizou.

Também participaram da reunião a chefe de Gabinete da Sesup, Marina Castro, a chefe do Setor de Comissões Técnicas do CFMV, Ingrid Atayde, e o gerente administrativo do CFMV, Leonardo Nápoli.

 

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