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Associação Brasileira de Saúde e Causa Animal – Abraesca

Grupo de trabalho debateu o direito ao tratamento da leishmaniose no 1º Fórum Transacional de Zoonoses

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

1 de set de 2025

Julio Israel Fernandes, Paula Almeida, Tifanny Pinheiro Pires, Reynaldo Velloso, Paulo Abilio Varrela Lisboa, Vitor Ribeito e Romeika Reis Lima. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva Julio Israel Fernandes, Paula Almeida, Tifanny Pinheiro Pires, Reynaldo Velloso, Paulo Abilio Varrela Lisboa, Vitor Ribeito e Romeika Reis Lima. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

O Rio de Janeiro sediou, em 20 de agosto de 2025, o 1º Fórum Transacional de Zoonoses – direito ao tratamento, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) em parceria com a Associação Brasileira de Saúde e Causa Animal (Abraesca) e com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), dentro da campanha nacional Agosto Verde. O evento reuniu representantes de órgãos públicos, pesquisadores, médicos-veterinários e juristas para discutir soluções inclusivas e éticas no enfrentamento da leishmaniose, zoonose de grande impacto na saúde pública e no bem-estar animal.

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Natalia Kolodin Ferrari, Renata Vitoria Campos Costa, Tifanny Pinheiro Pires, Reynaldo Velloso, Lucas Keidel Paulo Abilio Varrela Lisboa e Luiz Abboud. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Fabio Nogueira, Julio Israel Fernandes, Roberto Teixeira, Romeika Reis Lima, Tifanny Pinheiro Pires, Paulo Abilio Varrela Lisboa, Natalia Kolodin Ferrari, Vitor Ribeito e André Fonseca. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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O evento contou com painéis institucionais, depoimentos, mesas-redondas, palestras e discussões, com a participação de profissionais que têm se dedicado ao tema ao longo de suas carreiras como pesquisadores, juristas e professores, em centros de controle de zoonoses, universidades e instituições de pesquisa e trabalho de campo, como Aline Borges (Médica-veterinária da Ivisa-RJ), André Luis Fonseca (Médico-veterinário e advogado), Daniel Pereira (Diretor da Segunda Diretoria da Anvisa), Fabiana Brandão (Médica-veterinária da Comissão de Saúde Única do CRMVRJ), Fabio dos Santos Nogueira (Médico-veterinário do Brasileish e da Fundação Educacional de Andradina e da Unesp-Botucatu), Fernando da Costa Ferreira (Médico-veterinário, director do Centro de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman), Gabrielle Damasceno da Costa (Superintendente de Vigilância-Epidemiológica e Ambiental), Gracy Canto Gomes Marcello (Médica-veterinária da ABVHMT), Júlio Israel Fernandes (Médico-veterinário, prof. da UFRRJ e vice-presidente CRMV-RJ), Karla Conceição Higino Campos (Médica-veterinária), Lucas Keidel (Médico-veterinário da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro), Luiz Abboud (Gerene do Laboratório de Zoonoses do Centro de Medicina Veterinária Jorge Vaitsmann e da SMPDA), Maria Fernanda Mergulhão (Fiocruz, CRMV-RJ, CFMV e CNS), Millena Borges Conti Fonseca (Médica-veterinária da Vigilância em Saúde Ambiental de Barra Mansa, RJ), Natalia Kolodin Ferrari (Médica-veterinária da Prefeitura de Florianópolis, SC), Paula Maria Pereira de Almeida (Gerente de zoonoses do SES), Paulo Abilio Varella Lisboa (Médico-veterinário, pesquisador da Fiocruz, CRMV-RJ, CFMV e CNS), Renata Vitória Campos Costa (Médica-veterinária, presidente da Comissão de Saúde Única da CRMV-RJ), Reynaldo Velloso (Presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais/OAB), Roberto dos Santos Teixeira (Médico-veterinário da Clínica Veterinária Univet), Rodrigo Vieira (Médico-veterinário), Romeika Reis Lima (Médica-veterinária, Brasileish), Tifanny B. C. Pinheiro Pires (Médica-veterinária e fundadora da Abraesca), Vanessa Negrini (Diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente) e Vitor Ribeiro (Médico-veterinário e fundador do Brasileish).­

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Romeika Reis Lima. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Paulo Abilio Varrela Lisboa. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Luiz Abboud. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Fabio Nogueira. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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André Fonseca. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Durante o evento, foi criado um grupo de trabalho com representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, da OAB/RJ, do CRMV-RJ, da Abraesca, do Grupo de Estudos sobre Leishmaniose Animal (Brasileish), da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais. O objetivo é endereçar ações que possam ajudar a democratizar o tratamento da leishmaniose, melhorar o sistema de notificação dos animais infectados, proporcionando junção e análise de dados de forma padronizada e unificada. 

De acordo com a Coordenação de Vigilância em Zoonoses do RJ, apenas entre 2024 e 2025, foram registrados 386 casos caninos na cidade do Rio, especialmente na Zona Norte, além de 52 ocorrências humanas desde 2012, sendo 21 autóctones. O avanço da doença, associado à presença do vetor Lutzomyia longipalpis, à urbanização e às mudanças climáticas, exige novas políticas públicas. Para a promotora de Justiça Maria Fernanda Mergulhão, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, é urgente rever práticas antigas: “Não podemos tratar a eutanásia como resposta automática. Quando existem protocolos e medicamentos eficazes, negar tratamento é negar o direito à vida desses animais”.

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A qualidade dos conteúdos apresentados e analisados elevou a esperança da plateia em relação às ações que podem ser realizadas no controle da leishmaniose. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Durante os debates, especialistas defenderam a valorização da ciência, a atualização de protocolos terapêuticos e o fortalecimento da prevenção. A médica-veterinária Romeika Lima, do Brasileish, que também participou das discussões, reforçou a necessidade de ampliar o olhar sobre a doença: “A leishmaniose não afeta apenas cães e seres humanos, mas envolve diversos animais e ecossistemas. Precisamos lidar com ela de forma madura, diferenciando infecção de doença, e adotando políticas que considerem a saúde única — humana, animal e ambiental”.

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Os participantes foram agraciados com produtos das empresas patrocinadoras que viabilizaram a realização do evento como a Ceva, Mouragro, Ourofino, VetFórmula e Vetoquinol. Créditos: Abraesca/ Camila Nunes da Silva

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Para Tifanny Pinheiro Pires, presidente da Abraesca e idealizadora do evento, o Fórum representou um marco em relação ao tratamento da leishmaniose: “O Fórum foi um primeiro passo, mas o trabalho não acaba aqui, pelo contrário, é só o começo. O Rio de Janeiro já é reconhecido como município endêmico para essa zoonose, precisamos buscar a revisão de práticas legais e sanitárias e também o enquadramento do município do Rio nos critérios do Ministério da Saúde para recebimento do encoleiramento em massa de cães com coleiras repelentes eficazes, medida que já demonstrou sucesso no controle do vetor em diferentes localidades”.

 

Abraesca
https://www.abraesca.com.br/

 

 

 

 

 



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