2025 é um ano de comemorações! Vamos celebrar juntos os 30 anos da revista!

Menu

Clinica Veterinária

Início Notícias Bem-estar animal Simpósio reúne e amplia conhecimento de métodos alternativos ao uso de animais
Bem-estar animal

Simpósio reúne e amplia conhecimento de métodos alternativos ao uso de animais

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

6 de set de 2016


O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) realizará o Simpósio Métodos Alternativos ao Uso de Animais no Ensino, de 5 a 6 de outubro de 2016, em São Paulo, SP. O prazo para submissão de trabalhos vai até 19 de setembro. A ideia é compartilhar experiência para construir modelos de educação que atendam a demandas éticas, legais e sociais.

Segundo a coordenadora do Concea, Monica Levy Andersen, o simpósio responde ao “interesse marcante e crescente” de professores e alunos. “A proposta do evento é conhecer experiências de docentes e pesquisadores brasileiros que trabalham com essas técnicas em diversas áreas de ensino e formar um núcleo de participantes em métodos alternativos, a fim de formar futuros disseminadores dessa relevante abordagem na educação.”

Monica espera que o simpósio ajude a fundamentar bases éticas no ensino para uma nova geração de produtores de conhecimento. “O Brasil precisa estar mais bem informado sobre métodos alternativos ao uso de animais”, diz. “Os pesquisadores e professores não podem mais alegar desconhecimento de normativas sobre animais de laboratório publicadas em território nacional.”

Até 19 de setembro, o simpósio recebe submissões de trabalhos para apresentações tradicionais – orais e em forma de pôster –, workshops, palestras de cinco minutos sobre experiências e exposição de modelos na Feira de Métodos Alternativos ao Uso de Animais no Ensino. As inscrições podem ser feitas pelo portal da Universidade Federal de Goiás (UFG) – http://goo.gl/TNpHyH.

 

Transição

O Concea aprovou 17 métodos alternativos ao uso de animais – http://goo.gl/orSPp9. Formalizada em setembro de 2014, a lista inaugurou o processo de reconhecimento de técnicas sugeridas por entidades como o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam) ou por estudos colaborativos internacionais publicados em compêndios oficiais. A norma estipula cinco anos para a substituição do uso de animais. Para calcular o período, a instância projeto o tempo necessário para a adequação da infraestrutura laboratorial e a capacitação de recursos humanos demandados pelos ensaios substitutivos.

Já em fevereiro de 2016, o Concea publicou no Diário Oficial da União a Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou de Pesquisa Científica (DBCA), documento sobre responsabilidade institucional que dá respaldo legal à objeção de consciência. “Esse é um passo fundamental rumo a uma prática pedagógica mais moderna”, avalia Monica.

Realizado pelo Concea em parceria com a UFG e a Universidade de São Paulo (USP), o simpósio tem  o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e conta ainda com a colaboração das universidades federais de São Paulo (Unifesp) e do Paraná (UFPR).

Criado em 2008, o Concea é uma instância colegiada multidisciplinar de caráter normativo, consultivo, deliberativo e recursal. Dentre as suas competências, destacam-se o credenciamento das instituições que desenvolvam atividades no setor e a formulação de normas relativas à utilização humanitária de animais com finalidade de ensino e pesquisa científica, bem como o estabelecimento de procedimentos para a instalação e o funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios de experimentação animal.