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Prevenção de doenças cardíacas

Setembro vermelho: campanha visa conscientizar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces das doenças cardíacas nos cães

Matéria escrita por:

Clínica Veterinária

4 de set de 2016


Cerca de 35% dos cães serão acometidos por alguma cardiopatia ao atingirem a fase idosa. A partir dos 5 anos e dessa idade até aproximadamente 13 anos, cerca de 70% deles desenvolverão ao longo da vida a chamada doença valvar crônica mitral (DVCM), a principal cardiopatia que acomete os cães, sendo os mais suscetíveis os machos de pequeno porte (com até 20 quilos). A doença pode aparecer já nos primeiros cinco anos de vida do cãozinho, e a prevalência, por faixa etária, é de 10% em cães com cinco a oito anos, de 25% com nove a doze anos, e de 35%, entre os acima de treze anos.

A doença se manifesta quando a válvula mitral, responsável pelo controle do fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo do coração e para a artéria aorta, não fecha direito, o que faz com que parte desse líquido volte ao átrio. Entre as consequências está o chamado sopro do coração que, assim como nos seres humanos, é detectado pelo procedimento de auscultar o coração do animal com o estetoscópio. “O sopro é como chamamos o som emitido quando a válvula não funciona bem, fazendo com que o sangue que deveria ir totalmente para a artéria aorta reflua para o átrio esquerdo. Outras consequências da doença são o aumento do volume do coração e o acúmulo de líquidos nos pulmões. Ao se agravar, a situação pode prejudicar seriamente o sistema circulatório, acometendo outros órgão, como os rins e o fígado”, alerta a dra. Kátia Mitsube Tárraga.

“Após o diagnóstico, é importante iniciar o tratamento o quanto antes, para retardar a evolução da doença. A abordagem deve ser individualizada, levando-se em consideração o grau e a evolução da cardiopatia. Quando o animal tem o problema, mas não apresenta sintomas, recomenda-se mudar hábitos, como alimentação e frequência de exercícios, sempre observando a condição clínica do cão”, esclarece a dra. Kátia.

Entre os tratamentos mais comuns estão os vasodilatadores que ajudam a controlar as alterações produzidas no coração, melhorando o fluxo sanguíneo, diminuindo o refluxo para o átrio esquerdo e, assim, atenuando o quadro de insuficiência cardíaca. A longo prazo, o medicamento também melhora a qualidade de vida e aumenta a sobrevida do animal.

Complementam o medicamento a mudança de hábitos do animal, como o controle da frequência e a intensidade dos exercícios, e a melhor da dieta, com diminuição do sal.

 

Atualização científica

A Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV – http://www.sbcv.org.br) está com uma série de eventos de educação continuada programados para o segundo semestre de 2016:

• Abordagem clínica das urgências cardiológicas: 22 de setembro, em Resende, RJ;

• Simpósio Internacional Cardiorrenal: 12 de novembro, em São Paulo, SP (palestrantes internacionais confirmado: Sydney Mois, Clarke Atkins, Jonathan Elliot e Larry Cowgill);

• Simpósio Pan-Americano de arritmias cardíacas: 14 de novembro, em São Paulo, SP (palestrante internacional confirmada: Sydney Moise).

 

Outra oportunidade para atualização:

Como a ecocardiologia pode auxiliar no diagnóstico e monitoração da doença valvar mitral em cães? Palestra online: http://pensecoraçãopenserins.com.br.

 

Artigos científicos – https://www.revistaclinicaveterinaria.com.br/

O acervo digital da revista Clínica veterinária possui artigos das mais diversas especialidades, inclusive de cardiologia.

• Insuficiência cardíaca congestiva secundária a displasia de tricúspide em cão – relato de caso. Clínica Veterinária, n. 119, Ano XX, 2015;

• Valvuloplastia mitral em um cão com degeneração valvar. Clínica Veterinária, n. 112, Ano XIX, 2014;

• Cardiomiopatia dilatada em um cão da raça dobermann – relato de caso. Clínica Veterinária n. 111, Ano XIX, 2014;

• Pericardiotomia percutânea com cateter-balão como tratamento de efusão pericárdica recidivante em um cão – relato de caso. Clínica Veterinária, n. 110, Ano XIX, 2014;

• Síndrome de Eisenmenger: doença cardíaca congênita e hipertensão pulmonar – estudo retrospectivo do diagnóstico de dez casos (2004-2013). Clínica Veterinária, n. 109, Ano XIX, 2014.

• Valvoplastia percutânea por balão em cão com estenose valvar pulmonar – relato de caso. Clínica Veterinária, n. 99, Ano XVII, 2012;

• Insuficiência cardíaca congestiva secundária à anomalia de Ebstein em um boxer de cinco meses de idade – relato de caso. Clínica Veterinária, n. 97, Ano XVII, 2012;

• Holter em animais de companhia – indicações clínicas e avaliação da variabilidade da frequência cardíaca. Clínica Veterinária, n. 92, Ano XVI, 2011;

• Eletrocardiograma em cães – revisão. Clínica Veterinária, n. 91, Ano XVI, 2011.

• Aferição dos valores de VHS (vertebral heart size) para cães da raça teckel sem evidências clínicas de doença cardíaca. Clínica Veterinária, n. 88, Ano XV, 2010.