Ações para proteger aves limícolas migratórias
Portaria atualiza até 2018 medidas de conservação dessas espécies, geralmente associadas a zonas úmidas costeira, como estuários e lagunas

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou portaria no Diário Oficial da União (DOU), atualizando o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves Limícolas Migratórias (PAN Aves Limícolas Migratórias – http://goo.gl/XSTMG1). Limícolas são aves geralmente associadas a zonas úmidas costeiras, como estuários e lagunas.
De acordo com a portaria, o PAN Aves Limícolas Migratórias tem o objetivo geral de ampliar e assegurar a proteção efetiva dos habitats críticos para as aves limícolas até 2018, com a perspectiva futura de ter os habitats recuperados, protegidos e integrados às alternativas de desenvolvimento social e econômico da sociedade até 2043.
O plano estabelece estratégias prioritárias de conservação para cinco táxons (unidades de classificação) de aves consideradas ameaçadas de extinsão, constantes da Lista Nacional (Portaria MMA nº 444/2014), sendo dois classificados na categoria CR (criticamente em perigo) – Calidris canutus e Limnodromus griseus; um na categoria EN (en perigo) – Calidris pusilla; e dois na categoria VU (vulnerável) – Charadrius wilsonia e Calidris subruficollis.
São beneficiados ainda outros 23 táxons, sendo dois categorizados nacionalmente como NT (quase ameaçados) – Arenaria interpres e Haematopus palliatus; três na categoria DD (dados insuficientes) – Calidris minutilla, Phalaropus tricolor e Pruvialis dominica; dezesseis na categoria LC (menos preocupante) – Actitis macularius, Bastramia longicauda, Calidris alba, Calidris fuscicollis, Calidris himantopus, Calidris melanotos, Charadrius falklandicus, Charadrius modestus, Charadrius semipalmatus, Limosa haemastica, Oreopholus ruficollis, Pluvialis squatarola, Tringa flavipes, Tringa melanoleuca, Tringa semipalmata e Tringa solitaria; e dois na categoria NA (não aplicável) – Calidris bairdii e Numenius phaeopus.
Para atingir o objetivo geral, foram definidas 27 ações distribuídas em cinco objetivos específicos – prevenir e reduzir os impactos resultantes da implementação de infraestrutura e das atividades de exploração de recursos naturais para fins comerciais e de subsistência: diminuir as alterações de habitat e impactos provocados pelo turismos desordenado e avanço de empreendimentos imobiliários; reduzir a caça e a coleta de ovos de aves limícolas; reduzir o impacto de animais domésticos nas áreas de ocorrência das aves limícolas; e desenvolver pesquisas que subsidiem a conservação das aves limícolas.
Ainda de acordo com a portaria, caberá ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave – http://www.icmbio.gov.br/cemave/), do ICMBio, a coordenação do PAN Aves Limícolas Migratórias, com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (CGESP/DIBIO). O PAN será monitorado anualmente, para revisão e ajuste das ações, com uma avaliação intermediária prevista para o meio da vigência do plano e avaliação final ao término do ciclo de gestão.
Fonte: Comunicação ICMBio – http://goo.gl/0ZvQlz