O papel da nutrição no tratamento das enteropatias inflamatórias crônicas em cães

A importância da nutrição no tratamento das enteropatias inflamatórias crônicas (EIC) em cães tem ganhado ainda mais relevância nos trabalhos científicos mais recentes sobre o assunto.
As enteropatias inflamatórias crônicas foram classificadas por quase uma década de acordo com a sua resposta ao tratamento, como: (1) enteropatias responsivas à dieta; (2) enteropatias responsivas a antibióticos; (3) enteropatias responsivas a imunossupressores; (4) enteropatias não responsivas.
Entretanto, estudos recentes evidenciaram a relação entre disbiose intestinal e inflamação intestinal, além de reavaliarem a efetividade da troca da dieta e o uso de antibióticos no tratamento da EIC em cães.
O uso de antibióticos no tratamento das EIC, como o metronidazol, tem sido desaconselhado como primeira escolha 1. Os mesmos autores destacam que alterações na função e composição da microbiota intestinal estão associadas às EIC em cães, sendo recomendada a adoção de estratégias que promovam a eubiose. Nesse contexto, a troca da dieta por aquelas com perfil adequado tem demonstrado resultados excelentes.
Um outro estudo submeteu 22 cães inicialmente diagnosticados com EIC não responsiva a uma nova troca dietética, seja para uma dieta hipoalergênica ou de alta digestibilidade e rica em prebióticos 2. Destes, 68% apresentaram resposta clínica favorável à modificação da dieta.
Outro estudo avaliou 27 cães diagnosticados com enteropatias perdedoras de proteínas – formas mais graves de EIC, caracterizadas pela perda proteica e má absorção, resultando em hipoalbuminemia 3. Os animais foram submetidos à troca de dieta, migrando para um alimento gastrointestinal de baixa gordura, sendo observada uma melhora clínica em 85% dos casos.
Há uma nova classificação para as EIC1: (1) enteropatias responsivas à dieta; (2) enteropatias responsivas à modulação da microbiota; (3) enteropatias responsivas a imunossupressores; (4) enteropatias não responsivas. Essa nova classificação reflete os avanços científicos recentes e reconhece o papel ampliado da dieta no correto manejo desses casos.
Portanto, para o tratamento das EIC em cães, a dieta passa a assumir um papel ainda mais relevante, sendo essencial contar com diferentes opções de alimentos coadjuvantes que atendam às necessidades específicas e que promovam a modulação da microbiota intestinal.
Considerando essas novas evidências científicas, os alimentos Fórmula Natural Vet Care oferecem excelentes soluções nutricionais para os casos de EIC em cães, com as versões Hipoalergênica (proteína hidrolisada de baixo peso molecular), Gastrointestinal e Gastrointestinal Baixa Gordura.
Vale destacar que esses alimentos contam com uma combinação de ingredientes de alta digestibilidade, além da inclusão de fibras especiais e prebióticos, contribuindo para o equilíbrio da microbiota intestinal.
A linha foi desenvolvida por médicos-veterinários sob os conceitos mais avançados da nutrição para cães e gatos enfermos que necessitam de dietas especiais.
São alimentos formulados com alta tecnologia e ingredientes especiais, sem ingredientes transgênicos e com antioxidantes naturais, atendendo também aos tutores que prezam por essas características. A linha possui um amplo portfólio, contando ainda com as versões Obesidade, Renal e Osteoartrite para cães e Renal e Urinária para gatos.
Referência
1-DUPOUY-MANESCAU, N. ; MÉRIC, T. ; SÉNÉCAT, O. ; DRUT, A. ; VALENTIN, S. ; LEAL, R. O. ; HERNANDEZ, J. Updating the classification of chronic inflammatory enteropathies in dogs. Animals, v. 14, n. 5, p. 681, 2024. Doi: 10.3390/ani14050681.
2-DUVERGÉ, S. ; SANTOS, N. ; DUAS, M. J. ; HEBERT, M. The impact of diet reassessment in the medical management of Refractory Chronic Enteropathy in dogs-A retrospective multicentric study. In: 32st ECVIM-CA Congress. 2022.
3-NAGATA, N. ; OHTA, H. ; YOKOYAMA, N. ; TEOH, Y. B. ; NISA, K. ; SASAKI, N. ; OSUGA, T. ; MORISHITA, K. ; TAKIGUCHI, M. Clinical characteristics of dogs with food-responsive protein-losing enteropathy. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 34, n. 2, p. 659-668, 2020. Doi: 10.1111/jvim.15720.