O futuro do marketing: evolução do conceito e importância do relacionamento com o cliente

No Brasil, quando falamos de propaganda e marketing precisamos levar em consideração a expansão territorial do país. Cada região tem suas particularidades, que vão além dos sotaques, como demografia, clima, economia, história, etnia, política, entre outras que distinguem os mercados brasileiros.
As decisões de investimento em marketing, antes voltadas exclusivamente para custos de produção e logística, seguem os recentes avanços tecnológicos da comunicação e as novas demandas quanto à responsabilidade social e ambiental das organizações.
Sendo assim, vários desafios e oportunidades se impõem aos gestores no futuro próximo. Para compreender o cenário das novas gerações de consumidores e as tendências tecnológicas, exige-se que os profissionais se adaptem às novas estratégias, pois o consumidor está cada vez mais consciente e seletivo na hora de comprar ou contratar um serviço. Utilizar a estratégia certa para o público certo e analisar corretamente cada canal de comunicação é a base para qualquer ação – mas não é suficiente.
Estamos numa nova era, e a palavra do momento é neuromarketing, que estuda o comportamento do consumidor. Apesar de já existir há muito tempo, só agora o mercado começou a dar atenção a essa ferramenta. É preciso conhecer os hábitos de consumo, trabalhar com o lado “oculto” do cliente e pensar antes do cliente, antecipando seus desejos.
Algumas grandes empresas já utilizam essa estratégia por meio dos programas de fidelidade, por exemplo, conhecendo o que cada comprador adquire, buscando alternativas e segmentações para novas ações.
Sendo assim, para o marketing do futuro, as organizações e os profissionais precisam saber navegar dentro e fora das empresas, Estabelecendo relacionamentos e parcerias adequados. A era do profissional isolado está ultrapassada: a comunicação entre as pessoas passa por um processo de evolução, e o diálogo entre as marcas e os consumidores está se estreitando cada vez mais.
A internet redefiniu o papel da comunicação, os clientes passaram a se relacionar uns com os outros e com suas marcas de consumo. Como as empresas devem se posicionar nesse novo formato de comunicação, propaganda e relacionamento?
Poucos consumidores compram algo ou contratam serviços sem antes consultar a web. Afinal, é onde eles avaliam as marcas e as experiências de outros compradores. Por isso, o posicionamento das empresas deve ser objetivo e claro.
O consumidor muitas vezes associa o que lê à marca, tanto que algumas empresas relutam em estar nas redes sociais com medo das críticas negativas. Observo normalmente que gestores de pequenas empresas não sabem ainda utilizar de forma adequada – e a seu favor – as redes sociais, isso porque muitas vezes é o próprio dono que administra a página do Facebook da companhia, por exemplo. Ele acaba confundindo a relação profissional com a pessoal. O ideal é sempre ter um profissional preparado para isso. Que saiba, inclusive, lidar com situações de crises. Hoje o relacionamento com o consumidor via internet é fundamental e indispensável –principalmente no caso das redes sociais.
Ter alguém capacitado é importante porque é necessário planejar e conhecer bem as novas técnicas, ferramentas e possibilidades disponíveis. O mundo virtual é uma vitrine, e a empresa deve decidir como quer ser vista.
Muitas clínicas veterinárias e pet shops, por exemplo, ainda não possuem um website próprio. A interação e o relacionamento que o Facebook proporciona com o público é interessante, mas a homepage funciona como um cartão de visitas. Apenas estar nas redes sociais pode não passar confiança. Uma página bem feita deve conter informações sobre a empresa e passar credibilidade, inclusive com informações sobre a empresa, a localização, com link e visualização no Google Maps, entre outros recursos.
Mesmo nas ações que não sejam apenas digitais, é fundamental dar respostas e atenção ao cliente. Não adianta fazer grandes investimentos em ações de marketing quando o atendimento é ruim, pois o resultado não virá.
Um exemplo muito interessante foi quando tivemos o desafio de aumentar a fidelidade nas consultas de endocrinologia veterinária de um hospital veterinário. A solução foi criar um modelo de evento voltado para orientações nutricionais que ocorre de forma presencial, uma vez a cada dois meses. Além disso, publicamos artigos dirigidos no blog e posts nas redes sociais. Dessa forma, o cliente sempre se lembrará do que é preciso fazer durante o processo de tratamento, e ainda ajuda a divulgar a marca.
É importante entender que, com essas novas tendências de consumo, o cliente passa a ser um provedor de conteúdo. E é justamente aí que estão as oportunidades para alavancar seus indicadores: ouvir seu público e se relacionar com ele é a grande sacada para alcançar o sucesso.